segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Um poema para se lembrar de nós, seres humanos.




Partindo.

São inglórios os olhos daqueles que nos fitam,
Trazendo um rompante de fúria vespertina e,
Açoitando a nossa própria existência,
Como se dependesse deles, 
A nossa vida.
Tudo parece ter brotado do caos,
Da infinita e dolorosa incerteza,
De que realmente estamos compreendendo,
A nossa sina.
O que é este fardo?
O que se enrola em nosso corpo?
Por que precisamos passar por isto?
Perguntas mil que permanecem caladas,
Sem respostas.
Alguns, crédulos, apenas suspiram.
Outros elaboram teorias sem sentido.
E bem a maioria, luta e se insurgem,
Tentando entender a vida.
Entretanto, por mais que lutem,
Por mais que gritem,
Ninguém os percebe,
Ninguém liga.
São parias da vida.
Incompreendidos e enxotados, 
Feitos doentes em uma multidão.
Agora só resta partir,
Ganhar a certeza de uma caminhada,
Atravessar rios e despenhadeiros,
Olhar os mares e as montanhas,
Com a cura de um coração feliz.
Até que a partida,
Seja a liberdade do caos.


05/09/2017
Priscila Marcia Mariano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário